Resumo
O objetivo deste artigo é explorar como as metodologias ativas e as tecnologias educacionais, sobretudo as digitais, podem fomentar uma participação mais ativa dos alunos em seu processo de aprendizagem e sugerir possíveis mudanças nas práticas pedagógicas. O blended learning, concebido em sentido mais estrito como o mix de atividades presenciais e online, e, em um sentido mais amplo, como o mix de diferentes metodologias e espaços, pode ser considerado o futuro das atividades educacionais. As seguintes metodologias são discutidas: sala de aula invertida, instrução de pares, aprendizagem baseada em problemas, aprendizagem baseada em projetos e aprendizagem baseada em jogos. A investigação mostra que estas metodologias, quando combinadas adequadamente com as tecnologias de informação e comunicação, resultam numa maior motivação e envolvimento dos alunos. Embora essas estratégias não gerem melhora na retenção imediata do conhecimento, são desenvolvidas habilidades mais complexas quando comparadas aos métodos tradicionais de ensino, como: resolução de problemas, transferência do conhecimento para a realidade e retenção do conhecimento em longo prazo. O artigo conclui com uma crítica aos discursos contemporâneos que colocam o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem, reivindicando uma pedagogia descentralizada, na qual os alunos interagem uns com os outros, professores e outros atores, em grupos colaborativos onde não há necessidade de um centro, ou em que cada um desses atores pode, alternativamente, desempenhar uma função central.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Revista Educação, Humanidades e Ciências Sociais